A pobreza dos agricultores é um problema persistente no setor do cacau. Nossa Norma de Agricultura Sustentável de 2020 aborda essa questão crítica por vários ângulos, incluindo a introdução do Balanço de Massa com Correspondência de Origem no cacau. O objetivo da correspondência de origem é transferir o investimento em certificação para melhor refletir a demanda física do setor por cacau. Essa mudança ajudará os agricultores dos países nos quais o cacau é comprado a, em última instância, viabilizar produtos de consumo que levam o selo de certificação Rainforest Alliance. O objetivo é avançar em direção a um sistema que também permita às empresas controlar melhor suas cadeias de suprimentos, mitigar os riscos (de cadeia de suprimentos) associados e promover a responsabilidade da empresa.
Nos últimos anos, a indústria de cacau e chocolate viu crescer a demanda por rastreabilidade da cadeia de suprimentos pelos órgãos reguladores nos EUA e na Europa. A futura legislação de diligência prévia na União Europeia só tornará os requisitos de rastreabilidade uma necessidade mais urgente. Isso significa que a rastreabilidade até o nível de origem provavelmente se tornará um requisito para o setor à medida que o ambiente regulatório se intensifica.
Isso também significa que o setor precisa ir além da rastreabilidade do Balanço de Massa. Até agora, o sistema desempenhou um papel significativo em tornar as iniciativas de sustentabilidade escaláveis. Como as empresas não precisam investir na separação do cacau certificado do convencional em nível da fábrica, a originação por Balanço de Massa é uma forma econômica de implementar práticas globais de sustentabilidade, ao mesmo tempo em que oferece às empresas a flexibilidade de que precisam para escalar sua originação certificada. Ao invés disso, esses investimentos podem ir diretamente para os agricultores que mais precisam deles.
No entanto, o balanço de massa também permitiu que os certificados associados à produção de um país fossem alocados às amêndoas de cacau produzidas por agricultores não certificados em diferentes países ao redor do mundo. Dessa forma, esses agricultores não podem se beneficiar da participação na certificação da Rainforest Alliance.
A Correspondência com a Origem pode ajudar a enfrentar os dois desafios. Com a Correspondência com a Origem, mais agricultores se beneficiarão de um mercado certificado pela Rainforest Alliance, e o setor terá uma ferramenta que pode ajudá-los a fortalecer sua conformidade regulatória. Por meio da Correspondência com a Origem, as empresas estão aumentando a oferta de cacau certificado em países produtores onde os volumes certificados antes eram insuficientes para atender à demanda. As empresas estão realizando o trabalho necessário onde ele faltava no passado, o que reflete melhor as intenções dos regulamentos e cria a base para implementar uma rastreabilidade mais rigorosa, caso seja necessária.
Atualmente, a correspondência de origem só está sendo introduzida para o cacau devido à escala e ao alcance global do programa. No momento, não exigimos correspondência de origem para nenhum outro cultivo certificado.
Abordagem em fases da Correspondência com a Origem
A abordagem em fases para implementar o Balanço de massa com Correspondência com a Origem para cacau é a seguinte:
1 de Julho 2021: Fase 1 — Amêndoas, nibs e licor
Na primeira fase (2021-2023), o Balanço de massa com Correspondência com a Origem é necessário para 100% de cada compra e venda de amêndoas e nibs de cacau certificados e para 80% da primeira venda certificada de licor de cacau em um nível agregado durante um período de 12 meses. Veja os requisitos completos no Anexo, Capítulo 2: Rastreabilidade para mais detalhes.
As regras do Balanço de massa com Correspondência com a Origem se aplicam a todos os volumes de cacau comercializados com certificação Rainforest Alliance ou UTZ. Isso também se aplica a qualquer cacau que entre na cadeia de suprimentos sob nosso Programa de Certificação de 2020.
Com o início do reconhecimento Mútuo Total, todos os volumes de cacau agora só são visíveis como cacau da Rainforest Alliance, simplificando o processo administrativo de correspondência de origem.
Depois de receber perguntas do setor sobre como calcular a receita anual para implementar a correspondência de origem das primeiras vendas certificadas de licor de uma empresa, a Rainforest Alliance permitirá que as empresas escolham entre duas opções:
Calcular a receita anual conforme indicado no Anexo do Capítulo 2, ou
Calcular os insumos agregados para todas as vendas certificadas de licor em um período de 12 meses.
Qualquer um dos métodos de cálculo do balanço de massa da Correspondência com a Origem nas primeiras vendas certificadas de licor de cacau de uma empresa será aceitável durante uma auditoria.
As empresas podem seguir uma abordagem regional de origem para o licor de cacau, em que origens menores dentro de uma região geográfica podem ser substituídas umas pelas outras:
Região da África Ocidental
Guiné, Libéria, Togo, Serra Leoa e outros países da África (exceto Camarões, Costa do Marfim, Gana, Nigéria, Madagascar ou países listados na África Central e Oriental).
África Central e Oriental
Congo, República Democrática do Congo, Guiné Equatorial, Gabão, São Tomé e Príncipe, Tanzânia, Uganda.
América do Sul
Belize, Bolívia, Costa Rica, Cuba, Dominica, Granada, Guatemala, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Santa Lúcia, Trinidad e Tobago, Venezuela, República Bolivariana de Outras Américas (exceto Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Peru).
Ásia e Oceania
Fiji, Índia, Malásia, Papua Nova Guiné, Filipinas, Ilhas Salomão, Sri Lanka, Tailândia, Vanuatu, Vietnã, Outros países da Ásia e Oceania (exceto Indonésia).
Outubro de 1, 2023 Fase 2 — Escopo estendido às exportações de manteiga e pó de origens especificadas
As regras do Balanço de massa com Correspondência com a Origem se estenderão para abranger as exportações de manteiga de cacau e pó de certas origens, além de amêndoas de cacau, nibs e licor.
As regras para a fase 2 são as seguintes e serão incluídas na Norma de Agricultura Sustentável da Rainforest Alliance e no Anexo associado ao Capítulo 2:
Aplica-se a licor de cacau, manteiga e produtos em pó exportados da Costa do Marfim, Gana, Equador, com data de assinatura do contrato de 1º de outubro de 2023 ou posterior.
Requer 100% de correspondência de origem em vendas fora da origem em caso de exportação da Costa do Marfim, Gana, Equador (inclui licor, manteiga, pó)
Segue a nova abordagem regional de origem (aplicável a todos os produtos, exceto amêndoas e nibs)
Em 2024, a Rainforest Alliance conduzirá uma análise dos resultados da auditoria, das tendências de produção e vendas certificadas e de quaisquer outros dados relevantes para determinar se o escopo do Balanço de Massa com Correspondência com a Origem deve ser ampliado ainda mais.
Observação: O Balanço de Massa com Correspondência com a Origem não será exigido para amêndoas de cacau brasileiros ou derivados de cacau até 1º de janeiro de 2026.
Requisitos específicos de cacau na fase 1
Na primeira fase, a correspondência com a origem será exigida nas compras e vendas de amêndoas de cacau e nibs certificados e nas vendas de licor certificadas. A correspondência de origem será necessária para todos os programas da Rainforest Alliance: UTZ, RA atual e nova RA.
Amêndoas e nibs
A origem física de todas as vendas certificadas de amêndoas e nibs de cacau deve ser comparada com a origem administrativa (que é a origem à qual a venda está vinculada em nossa plataforma de rastreabilidade). Consulte os requisitos completos para obter mais detalhes.
Licor
A correspondência de origem para vendas certificadas de licor só é necessária para a primeira venda certificada de licor para outro certificado. As transações individuais não precisam ser combinadas. Em vez disso, as vendas precisam atingir pelo menos 80% em um ano inteiro, com base na (s) receita (s) do licor certificado. Consulte os requisitos completos para obter mais detalhes.
Manteiga, pó e chocolate
Na fase 1 (2021-2023), a correspondência de origem não é necessária para nenhuma venda de manteiga, pó ou chocolate certificados. O escopo será estendido até 2023, conforme descrito acima.
Os requisitos completos do Balanço de Massa com Correspondência com a Origem estão publicados no Anexo Capítulo 2 sobre Rastreabilidade da Norma de Cadeia de Suprimentos da Rainforest Alliance.
Diagramas de atores da cadeia de suprimentos
Visão geral do fluxo comercial: Primeiro comprador
O primeiro comprador é o ator inicial da cadeia de suprimentos que possui legalmente as amêndoas de cacau certificadas, em após o Detentor de Certificado de Produção Agrícola. O primeiro comprador pode então vender essas amêndoas como certificadas em Balanço de Massa com 100% de correspondência de origem na venda.
Observação: A correspondência de origem não é necessária para a primeira compra do comprador na origem. Essa compra nunca é feita com base no balanço de massa e, portanto, não exigirá correspondência de origem.
Veja mais diagramas do “Primeiro comprador”
Primeiro Comprador — Amêndoas Certificadas
O produtor produz amêndoas certificadas.
O produtor vende as amêndoas certificadas para o primeiro comprador conforme a identidade preservada.
O primeiro comprador recebe amêndoas certificadas em Identidade Preservada.
O primeiro comprador deve corresponder a 100% da venda física de amêndoas com a origem administrativa da transação, conforme indicado no portal de rastreabilidade da Rainforest Alliance.
O processador recebe amêndoas certificadas em balanço de massa e conhece a origem dessas amêndoas.
Primeiro Comprador — Amêndoas Certificadas/Não Certificadas
Os produtores produzem 100MT de amêndoas certificadas e 100MT de amêndoas não certificadas.
Os produtores vendem as amêndoas certificadas para o Primeiro Comprador como Identidade Preservada e as amêndoas não certificadas para o Primeiro Comprador como não certificados.
O primeiro comprador recebe amêndoas certificadas em Identidade Preservada e amêndoas não certificadas. Essas amêndoas são misturados no armazém do Primeiro Comprador.
O primeiro comprador vende 100 toneladas de amêndoas para um processador como balanço de massa. O primeiro comprador deve corresponder a 100% da venda física das amêndoas. A origem do processador deve corresponder 100% da venda física das amêndoas com a origem administrativa da transação, conforme indicado no portal de rastreabilidade da Rainforest Alliance. O Primeiro Comprador também vende 100MT toneladas de amêndoas para um processador como não certificado.
O processador recebe 100 MT de amêndoas certificadas em balanço de massa e conhece a origem dessas amêndoas. O processador também recebe 100MT de amêndoas não certificadas e não necessariamente sabe a origem dessas amêndoas.
Visão geral do fluxo comercial: Trader
Um Trader comprará amêndoas ou produtos de cacau certificados ou não certificados de outro ator da cadeia de suprimentos (Fornecedor). O Trader pode então vender essas amêndoas ou produtos como balanço de massa com os corretos créditos de certificação correspondentes.
Veja mais diagramas do ‘Trader’
Trader — Amêndoas Certificadas
O fornecedor tem um estoque de amêndoas de cacau certificadas.
O fornecedor vende amêndoas para a Trader como balanço de massa. A origem do fornecedor deve corresponder a 100% da venda física de amêndoas e a Trader deve garantir que a compra tenha 100% de origem compatível com a apropriada documentação.
A Trader recebe amêndoas certificados em balanço de massa e conhece a origem dessas amêndoas.
A Trader vende amêndoas para um processador como balanço de massa. A origem da Trader deve corresponder a 100% da venda física de amêndoas. O processador deve combinar 100% da venda física de amêndoas com a origem administrativa da transação, conforme indicado no portal de rastreabilidade da Rainforest Alliance.
O processador recebe amêndoas certificadas em balanço de massa e conhece a origem dessas amêndoas.
Trader — Amêndoas Certificadas/Não Certificadas
O fornecedor tem um estoque de amêndoas de cacau não certificadas.
O fornecedor vende amêndoas para a Trader como não certificadas. A Trader deve garantir que as origens da compra estejam claras na documentação apropriada para que essas amêndoas sejam usadas como insumo para uma futura venda certificada.
A Trader recebe amêndoas não certificadas, mas conhece a origem desses grãos.
A Trader vende grãos para um processador como balanço de massa usando créditos do estoque certificado de amêndoas de cacau disponíveis em seu portal de rastreabilidade da Rainforest Alliance, de acordo com o requisito 2.2.2 da Norma de Cadeia de Suprimentos. A origem do processador deve corresponder 100% da venda física das amêndoas com a origem administrativa da transação, conforme indicado no portal de rastreabilidade da Rainforest Alliance.
O processador recebe amêndoas certificadas em balanço de massa e conhece a origem dessas amêndoas.
Trader — Licor Certificado
O fornecedor tem um estoque de licor de cacau certificado que o fornecedor processou a partir das amêndoas.
O fornecedor vende licor para a Trader em balanço de massa. A origem do fornecedor deve corresponder a essa venda (é a primeira venda certificada do licor). Para fazer isso, o Fornecedor deve incluir essa venda no cálculo anual das origens vendidas com base na Receita Anual e garantir a correspondência anual de origem de pelo menos 80% em todo o certificado da Cadeia de Custódia do Fornecedor.
A Trader recebe licor de cacau certificado em balanço de massa, mas não sabe a origem exata do licor.
A Trader vende licor de cacau para um processador em balanço de massa. Nenhuma correspondência de origem é necessária para esta venda, pois é a segunda venda desse produto certificado de balança de massa.
O processador recebe licor certificado em balanço de massa, mas não conhece a origem exata do licor.
Trader — Licor Não Certificado
O fornecedor tem um estoque de licor de cacau não certificado que o fornecedor processou a partir de amêndoas.
O fornecedor vende licor para a Trader como não certificado.
A Trader recebe licor de cacau não certificado e conhece as origens exatas do licor, caso esse licor for usado como insumo para uma futura venda certificada.
A Trader vende licor para a processadora como balanço de massa. A origem da Trader deve corresponder a esta venda (é a primeira venda certificada do licor). Para fazer isso, a Trader deve incluir essa venda no cálculo anual das origens vendidas com base na Receita Anual e garantir a correspondência anual de origem de pelo menos 80% em todo o certificado da Cadeia de Custódia do Fornecedor.
O processador recebe licor certificado em balanço de massa, mas não conhece a origem exata do licor.
Visão geral do fluxo comercial: Processador
Um processador comprará amêndoas ou produtos de cacau certificados ou não certificados de outro ator da cadeia de suprimentos (Fornecedor). O Processador então converterá essas compras em outros produtos e os venderá como balança de massa com os corretos créditos de certificação correspondentes.
Veja mais diagramas de ‘Processador’
Processador — Amêndoa Certificada
O fornecedor tem um estoque de amêndoas de cacau certificadas.
O fornecedor vende amêndoas para um processador em balanço de massa. A origem do fornecedor deve corresponder 100% da venda física de amêndoas com a origem administrativa da transação, conforme indicado no portal de rastreabilidade da Rainforest Alliance, e o Processador deve garantir que a compra tenha 100% de origem combinada com a documentação apropriada.
O processador recebe amêndoas certificadas em balanço de massa e conhece a (s) origem (s) desses grãos. O processador então cria licor de cacau com essas amêndoas.
O processador vende licor ao cliente em balanço de massa. O processador deve corresponder a origem desta venda. Para fazer isso, o Processador deve incluir essa venda no cálculo anual das origens vendidas com base na Receita Anual e garantir a correspondência anual de origem de pelo menos 80% em todo o certificado da Cadeia de Custódia do Processador.
O cliente recebe licor de cacau em balanço de massa, mas não sabe a origem exata do licor.
Processador — Amêndoa Não Certificada
O fornecedor tem um estoque de amêndoas de cacau não certificadas.
O fornecedor vende amêndoas para o processador como não certificado. O processador deve garantir que a (s) origem (s) da compra esteja clara na documentação apropriada, caso essas amêndoas sejam usadas como insumo para uma futura venda certificada.
O processador recebe amêndoas não certificadas e conhece a (s) origem (s) dessas amêndoas. O processador então cria licor de cacau com essas amêndoas.
O processador vende licor ao Cliente em balanço de massa usando créditos de estoque certificado de amêndoas de cacau ou licor disponíveis em seu portal de rastreabilidade da Rainforest Alliance. O processador deve corresponder a origem desta venda. Para fazer isso, o Processador deve incluir essa venda no cálculo anual das origens vendidas com base na Receita Anual e garantir a correspondência anual de origem de pelo menos 80% em todo o certificado da Cadeia de Custódia do Processador.
O cliente recebe licor de cacau em balanço de massa, mas não sabe a origem exata do licor.
Processador — Licor Certificado
O fornecedor tem um estoque de licor de cacau certificado que o fornecedor processou a partir das amêndoas.
O fornecedor vende licor ao processador em balanço de massa. A origem do fornecedor deve corresponder a essa venda (é a primeira venda certificada do licor). Para fazer isso, o Fornecedor deve incluir essa venda no cálculo anual das origens vendidas com base na Receita Anual e garantir a correspondência anual de origem de pelo menos 80% em todo o certificado da Cadeia de Custódia do Fornecedor.
O processador recebe licor certificado em balanço de massa, mas não conhece a origem exata do licor. O processador cria manteiga de cacau com este licor de cacau certificado.
O processador vende manteiga de cacau ao cliente em balanço de massa. Nenhuma correspondência de origem é necessária para esta venda, pois a manteiga está fora do escopo.
O cliente recebe manteiga de cacau em balanço de massa, mas não sabe a origem exata da manteiga.
Processador — Licor Não Certificado
O fornecedor tem um estoque de licor de cacau não certificado, originado a partir do processamento de amêndoas
O fornecedor vende licor ao processador como não certificado.
O processador recebe licor não certificado, mas não conhece a origem exata do licor. O processador cria manteiga de cacau com este licor de cacau não certificado.
O processador vende manteiga de cacau em massa ao cliente, usando créditos de estoque certificado de amêndoas de cacau, licor ou manteiga disponíveis em seu portal de rastreabilidade da Rainforest Alliance. Nenhuma correspondência de origem é necessária para esta venda, pois a manteiga está fora do escopo. O cliente recebe manteiga de cacau em balanço de massa, mas não sabe a origem exata da manteiga.
Visão geral do fluxo comercial: Fabricante da Marca
Uma marca comprará amêndoas certificadas ou não certificadas, produtos de cacau ou produtos finais de outro ator da cadeia de suprimentos (fornecedor). A marca então converterá essas compras em produtos finais e os venderá com certificação em balanço de massa.
Como o chocolate está fora do escopo de correspondência de origem, as marcas e fabricantes de produtos finais precisarão apenas garantir que todas as compras de amêndoas de cacau certificadas com balanço de massa sejam 100% compatíveis com a documentação apropriada.
Visão geral do fluxo comercial: Varejista
Um varejista comprará produtos finais certificados de outro ator da cadeia de suprimentos (fornecedor). O varejista então venderá esses produtos finais com certificação em balanço de massa.
Como o chocolate está fora do escopo da correspondência de origem, os varejistas que vendem produtos finais não precisarão ser auditados em relação as regras de correspondência de origem.
Plataforma de rastreabilidade
As plataformas de rastreabilidade da Rainforest Alliance 2020 foram ajustadas para permitir a correspondência de origem.
Toda a rastreabilidade de cacau da UTZ e da Rainforest Alliance agora está disponível no MultiTrace
Todo o cacau em Balanço de Massa certificado pelo nosso novo Programa de Certificação após julho de 2021 terá uma origem associada aos volumes inseridos no sistema MultiTrace.
A maioria dos volumes de cacau previamente certificados de acordo com a Norma de Agricultura Sustentável da Rainforest Alliance de 2017 ou o programa de certificação UTZ também terá uma origem associada aos volumes.
Isso permitirá que a cadeia de suprimentos identifique o país de origem dos créditos de Balanço de Massa para uma parcela significativa do cacau certificado.
Sob o Reconhecimento Mútuo Total, todo o cacau (independentemente de ter sido certificado pela RA 2017, UTZ ou RA 2020) só será visível como cacau “Rainforest Alliance”, simplificando ainda mais o Balanço de Massa com Correspondência com a Origem. Para mais detalhes, consulte Reconhecimento mútuo completo do Cacau em Balanço de Massa.
Balanço de Massa com Correspondência com a Origem e níveis de risco de certificação
O Balanço de Massa com Correspondência com a Origem é um novo elemento do nosso programa de certificação. As empresas que precisam cumprir os requisitos de correspondência de origem precisarão de uma auditoria para verificação desses requisitos. Os níveis de risco podem, portanto, ser aumentados para garantir que a verificação correta esteja em vigor. Essa não é uma auditoria adicional, mas foi incorporada ao processo de auditoria do programa de certificação de 2020. Consulte o Protocolo de Verificação do Auditor para mais detalhes.
Vencimento dos créditos para todo o cacau (2020) Rainforest Alliance SAS, 2017 Rainforest Alliance SAS e UTZ Certified
Ainda não é possível inserir ou mostrar as datas de vencimento de créditos no MultiTrace. Somente quando isso for possível, iniciaremos a contagem regressiva de 2 anos para a expiração de seus créditos de cacau.
Não há necessidade de se preocupar com a expiração de créditos antigos. Nenhum crédito expirará antes do início da contagem regressiva e avisaremos o setor com antecedência suficiente antes que o processo de expiração do crédito seja ativado.
Perguntas e Respostas
Requisitos de Balanço de Massa com Correspondência com a Origem
Quais serão os requisitos para julho de 2021?
Os requisitos do Balanço de Massa com Correspondência com a Origem foram publicados no Anexo 2 da Norma de Cadeia de Suprimentos da Rainforest Alliance sobre Rastreabilidade. Todos os requisitos de balanço de massa estabelecidos na Norma e no Anexo da Cadeia de Suprimentos da Rainforest Alliance devem ser seguidos.
Como proprietário final da marca, serei obrigado a fazer a correspondência de origem a partir de julho de 2021?
Qualquer proprietário final da marca ou outro ator na cadeia de suprimentos que tenha operações que se enquadrem nos requisitos do Balanço de Massa com Correspondência com a Origem precisará atender a esses requisitos. Isso significa que qualquer empresa comprando ou vendendo amêndoas de cacau certificados ou vendendo licor certificados (ou transferindo amêndoas/nibs ou licores certificados para outro certificado da cadeia de suprimentos, mesmo dentro da mesma empresa) precisará implementar a correspondência de origem.
Como os requisitos protegerão a propriedade intelectual das receitas?
O Balanço de Massa com Correspondência com a Origem para vendas de licor ocorrerá no nível do Certificado da Cadeia de Suprimentos. Isso significa que os clientes não recebem o detalhamento de origem de sua compra específica de licor, mas uma mistura de origens, a critério do fornecedor. O fornecedor deve então garantir que todas as origens associadas às suas vendas individuais totalizem até 80% de correspondência de origem em seu Certificado de Cadeia de Suprimentos anualmente.
Além disso, as receitas anuais de licor são confidenciais e só são compartilhadas com a Entidade Certificadora que realiza a auditoria e com a equipe de Normas e Garantia da Rainforest Alliance. As receitas anuais não serão compartilhadas com terceiros.
Como os requisitos abordarão as preocupações relacionadas à complexidade e à carga administrativa?
A correspondência de origem para o licor de cacau (não de amêndoas) será exigida no nível do certificado da Cadeia de Custódia, diminuindo a complexidade e a carga administrativa por transação nos Sistemas de Rastreabilidade da Rainforest Alliance.
A correspondência de origem da manteiga e do pó será introduzida gradualmente ao longo do tempo, conforme necessário. Consulte os cronogramas acima para obter detalhes.
Qual porcentagem das minhas amêndoas e produtos de cacau eu preciso corresponder?
100% de correspondência de origem em amêndoas e nibs de cacau é necessária para cada compra e venda física de amêndoas e nibs de cacau.
A correspondência de origem de 80% é necessária para o licor de cacau, anualmente (um período de 12 meses consecutivos). As vendas individuais de licor de cacau não precisam chegar a 80%, mas as vendas gerais de cacau certificado nesses 12 meses precisam ter a mesma origem em até 80%. (A receita média de licor vendido conforme certificado pode ser usada ao calcular a correspondência de origem de 80%. Você não precisa obter uma correspondência de 80% em cada receita vendida como certificada.)
Requer 100% de correspondência de origem em vendas fora da origem em caso de exportação da Costa do Marfim, Gana, Equador (inclui licor, manteiga, pó)
O requisito de 80% de correspondência de origem para licor significa que eu não preciso cobrir minhas vendas do Balanço de massa com compras de 100% do Balanço de massa?
Os requisitos de Balanço de Massa com Correspondência com a Origem não substituem os requisitos de Balanço de Massa no Padrão da Cadeia de Suprimentos. Todas as vendas de cacau com balanço de massa ainda precisarão ser cobertas em 100% pelas compras de cacau com balanceamento de massa, de acordo com a Norma da Cadeia de Suprimentos.
Precisamos corresponder 80% para cada receita de licor vendida como certificada ou podemos usar a média de todas as receitas vendidas como certificadas para calcular os 80%?
A receita média de licor vendido conforme certificado pode ser usada ao calcular a correspondência de origem de 80%. Você não precisa atingir 80% de correspondência em cada receita vendida como certificada.
Como posso comparar a origem do meu cacau se o cacau no sistema de rastreabilidade não tiver uma origem indicada?
Se não houver nenhuma origem indicada no cacau certificado no Sistema de Rastreabilidade da Rainforest Alliance, esse volume específico não precisa ser correspondido à origem. Se mais de 20% dos derivados de cacau vendidos em um período não tiverem uma pegada de origem no sistema de rastreabilidade da Rainforest Alliance, a correspondência de origem abaixo de 80% é permitida, desde que todos os volumes com um Histórico de Origem tenham correspondência de origem. Isso não se aplica às amêndoas.
A Correspondência com a Origem também é necessário para manteiga de cacau, pó e chocolate?
Requer 100% de correspondência de origem em vendas fora da origem em caso de exportação da Costa do Marfim, Gana, Equador (inclui licor, manteiga, pó). Consulte os cronogramas acima para obter mais detalhes.
O contrato para minhas amêndoas de cacau ou licor de cacau foi assinado antes de 1º de abril de 2021. Preciso fazer a correspondência de origem?
Não, a correspondência de origem só é necessária para contratos assinados após 1º de abril de 2021.
Preciso separar meu cacau Balanço de Massa do meu suprimento convencional de cacau?
Você não precisa manter seu estoque certificado em Balanço de Massa separado do estoque convencional.
No entanto, a segregação de amêndoas é exigida por país de origem para qualquer amêndoa que seja vendido posteriormente a outro Detentor de Certificado como certificado em balanço de massa. A segregação da amêndoa por país de origem não é necessária se as amêndoas forem convertidos em derivados dentro do certificado.
A segregação de manteiga, licor, pó ou qualquer outro derivado de cacau não é necessária. A correspondência de origem do licor será garantida no nível do titular do certificado.
Por que os requisitos do Balanço de Massa com Correspondência com a Origem mencionam o cacau “convencional”?
O cacau convencional nesses requisitos se refere apenas ao cacau convencional que é vendido como certificado. Para que os auditores verifiquem as declarações de origem do cacau certificado, eles devem poder ver as origens na documentação. Como o cacau convencional pode ser vendido como balanço de massa certificado, esse cacau deve incluir origens na documentação.
Validade dos créditos
Qual é a validade dos créditos de balanço de massa da Rainforest Alliance criados no programa Rainforest Alliance de 2020?
Consulte os requisitos na Política de Certificação de Fazendas e Cadeias de Custódia em Cacau.
A validade do crédito definida na Política de Certificação de Fazendas e Cadeias de Custódia em Cacau não se aplica ao cacau certificado comercializado como Identidade Preservada ou Segregado. Esses dois tipos de rastreabilidade acompanham os estoques físicos de cacau ao longo da cadeia de suprimentos e, à medida que esse estoque passa pelo processamento e se esgota, os créditos farão o mesmo.
O cacau em Identidade Preservada da Norma RA2020 também expirará?
Não. Os créditos de identidade preservada (IP) não expirarão porque estão vinculados diretamente a um estoque físico específico. À medida que esse estoque passa pelo processamento e se esgota, os créditos farão o mesmo.
Declarações sobre produtos rotulados
O balanço de massa com correspondência de origem permite que eu faça uma declaração de origem em meu produto rotulado?
Não. O balanço de massa correspondente à origem ainda é um balanço de massa, o que não permite declarações de conteúdo. Se você quiser fazer uma declaração de origem em seu produto, é sua responsabilidade garantir essa declaração e você não deve usar créditos de certificação como prova de origem. Você também pode ser solicitado a confirmar seu entendimento por escrito ao solicitar a aprovação da Rainforest Alliance para qualquer embalagem que contenha informações de origem.